domingo, 17 de abril de 2011

Alvito São Pedro assiste à segunda apresentação de "A Maluquinha de Arroios"

Na passada Sexta-feira, cerca de 100 pessoas lotaram a Casa do Povo de Alvito São Pedro (Barcelos), para assistirem à segunda apresentação de "A Maluquinha de Arroios" de André Brun, com encenação de José Fernandes.
Uma divertida comédia em três actos, que prendeu a atenção de todos, com as aventuras do "escravo do dever" Baltazar Esteves na sua primeira escapadela em casa da Maluquinha,... casa onde lhe aparece uma pessoa de família em cada canto!
A representação encerrou a Semana Cultural da comemoração do 67º Aniversário da Casa do Povo de Alvito São Pedro.
O TPC agradece o convite, e também a todos quantos estiveram presentes.
Viva o Teatro!

domingo, 10 de abril de 2011

Grupo de Teatro da Casa do Povo de Freixo em Carapeços

O TPC - Teatro Popular de Carapeços promove mais um espetáculo de teatro. Desta vez, teremos o Grupo de Teatro da Casa do Povo do Freixo que nos vai apresentar a comédia "Casa de Fantasmas" de Lucilo Valdez.
Com início às 21h45 e tem entrada livre.

TPCzinho apresenta "Vamos Contar Histórias" em Durrães e Barqueiros

Na próxima terça-feira, dia 13 de Abril, pelas 15h00, em Durrães, e quarta-feira, dia 14 de Abril, pelas 10h00, em Barqueiros, o TPCzinho apresenta "Vamos Contar Histórias", com encenação de José Fernandes.
"Vamos Contar Histórias" Em casa, na escola, na televisão, nos livros… conhecemos histórias que alimentam a nossa imaginação e são importantes para o crescimento dos mais pequenos. São algumas delas que vamos apresentar! O TPCzinho é uma secção do TPC – Teatro Popular de Carapeços que é formada por 14 elementos, dos 8 aos 16 anos. Faz formação no campo do Teatro e apresenta espectáculos sobretudo dirigidos a crianças.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

TPC em Alvito São Pedro (Barcelos) apresenta "A Maluquinha de Arroios" de André Brun

Na próxima sexta-feira, dia 15 de Abril, pelas 21h00, na Casa do Povo de Alvito São Pedro (Barcelos), o TPC - Teatro Popular de Carapeços apresenta a comédia em 3 actos "A Maluquinha de Arroios" de André Brun, com encenação de José Fernandes.
A representação está inserida na comemoração do 67º Aniversário da Casa do Povo de Alvito São Pedro.
Dur. aprox. 120 min, M/6
"A Maluquinha de Arroios" Peça representada pela primeira vez em 1916, “A Maluquinha de Arroios” é uma deliciosa comédia em três actos, de André Brun (1881-1926), já adaptada ao cinema e à televisão. Retirado do negócio do bacalhau e tendo sido sempre “um escravo do dever”, Baltasar Esteves arrisca a primeira escapadela em casa da Maluquinha. Casa onde lhe aparece uma pessoa da família em cada canto!... Entretanto, vamos descobrindo “sonetos em verso”, latas de macarronete e amores anónimos que demoram a desvendar-se provocando suspiros, paixões e cenas de ciúmes. Enfim, ingredientes bastantes para termos uma peça muito divertida.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Casa cheia em Barcelos para assistir à reestreia de "A Maluquinha de Arroios"

No passado Domingo, Dia Mundial do Teatro (DMT), cerca de 150 pessoas lotaram por completo a Biblioteca Municipal de Barcelos, para assistirem à reestreia de "A Maluquinha de Arroios" de André Brun, com encenação de José Fernandes.
Uma divertida comédia em três actos, que prendeu a atenção de todos, com as aventuras do "escravo do dever" Baltazar Esteves na sua primeira escapadela em casa da Maluquinha,... casa onde lhe aparece uma pessoa de família em cada canto!...
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No início foi lida, pelo nosso Director Artístico José Fernandes, a mensagem do DMT de 2011, de Jessica Atwooki Kaahwa, seguida de uma mensagem especial do TPC.
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O TPC agradece o convite da Câmara Municipal de Barcelos, e também a todos quantos estiveram presentes. Foi um domingo em cheio, viva o Teatro!


terça-feira, 29 de março de 2011

TPC em Felgueiras com "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett

Na passada sexta-feira, dia 25 de Março de 2011, na Biblioteca Municipal de Felgueiras, o TPC - Teatro Popular de Carapeços levou à cena a comédia em um acto "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett, com encenação de José Fernandes.
O TPC agradece o convite da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Felgueiras, e também a todos quantos estiveram presentes.



segunda-feira, 28 de março de 2011

Mensagem do Dia Mundial do Teatro 2011

Jessica Atwooki Kaahwa [Uganda]
Makerere University, Department of Music, Dance and Drama
Este é o momento exacto para uma reflexão sobre o imenso potencial que o Teatro tem para mobilizar as comunidades e criar pontes entre as suas diferenças.
Já, alguma vez, imaginaram que o Teatro pode ser uma ferramenta poderosa para a reconciliação e para a paz mundial?
Enquanto as nações consomem enormes quantidades de dinheiro em missões de paz nas mais diversas áreas de conflitos violentos no mundo, dá- se pouca atenção ao Teatro como alternativa para a mediação e transformação de conflitos. Como podem todos os cidadãos da Terra alcançar a paz universal quando os instrumentos que se deveriam usar para tal são, aparentemente, usados para adquirir poderes externos e repressores?
O Teatro, subtilmente, permeia a alma do Homem dominado pelo medo e desconfiança, alterando a imagem que têm de si mesmos e abrindo um mundo de alternativas para o indivíduo e, por consequência, para a comunidade. Ele pode dar um sentido à realidade de hoje, evitando um futuro incerto.
O Teatro pode intervir de forma simples e directa na política. Ao ser incluído, o Teatro pode conter experiências capazes de transcender conceitos falsos e pré-concebidos.
Além disso, o Teatro é um meio, comprovado, para defender e apresentar ideias que sustentamos colectivamente e que, por elas, teremos de lutar quando são violadas.
Na previsão de um futuro de paz, deveremos começar por usar meios pacíficos na procura de nos compreendermos melhor, de nos respeitarmos e de reconhecer as contribuições de cada ser humano no processo do caminho da paz. O Teatro é uma linguagem universal, através da qual podemos usar mensagens de paz e de reconciliação. Com o envolvimento activo de todos os participantes, o Teatro pode fazer com que muitas consciências reconstruam os seus conceitos pré-estabelecidos e, desta forma, dê ao indivíduo a oportunidade de renascer para fazer redescobertas. Para que o Teatro prospere entre as outras formas de arte, deveremos dar um passo firme no futuro, incorporando-o na vida quotidiana, através da abordagem de questões prementes de conflito e de paz.
Na procura da transformação social e na reforma das comunidades, o Teatro já se manifesta em zonas devastadas pela guerra, entre comunidades que sofrem com a pobreza ou com a doença crónica. Existe um número crescente de casos de sucesso onde o Teatro conseguiu mobilizar públicos para promover a consciencialização no apoio às vítimas de traumas pós- guerra.
Faz sentido existirem plataformas culturais, como o [ITI] Instituto Internacional de Teatro, que visam consolidar a paz e a amizade entre as nações.
Conhecendo o poder que o Teatro tem é, então, uma farsa manter o silêncio em tempos como este e deixar que sejam “guardiães” da paz no nosso mundo os que empunham armas e lançam bombas. Como podem os instrumentos de alienação serem, ao mesmo tempo instrumentos de paz e reconciliação?
Exorto-vos, neste Dia Mundial do Teatro, a pensar nesta perspectiva e a divulgar o Teatro, como uma ferramenta universal de diálogo, para a transformação social e para a reforma das comunidades. Enquanto as Nações Unidas gastam somas colossais em missões de paz com o uso de armas por todo o mundo, o Teatro é uma alternativa espontânea e humana, menos dispendiosa e muito mais potente.
Não será a única forma de conseguir a paz mas o Teatro, certamente, deverá ser utilizado como uma ferramenta eficaz nas missões de paz.
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Tradução - Rafael Vergamota [Federação Portuguesa de Teatro]
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Nota Biográfica de Jessica Atwooki Kaahwa Professora titular no Departamento de Música, Dança e Teatro da Universidade de Makerere, no Uganda. É doutorada em Teatro, História, Teoria e Crítica pela Universidade de Maryland, nos EUA. Dramaturga, actriz e directora de teatro académico, escreveu mais de 15 peças de teatro, televisão e rádio. É respeitada internacionalmente pelo seu trabalho humanitário. Utiliza o teatro como meio de desenvolvimento humano, nomeadamente na melhoria da saúde, e como força construtiva em zonas de conflito. É acérrima defensora dos direitos humanos, da igualdade de género e da paz.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Entrevista do Director Artístico José Fernandes ao Jornal "Barcelos Popular" - Edição de 24/03/2011

Barcelos Popular
Autor: Pedro Granja
Poucos dias depois de comemorar o 15º aniversário do TPC e antes de mais um Dia Mundial do Teatro, o Barcelos Popular falou com uma das pessoas que mais tem feito pelo teatro em Barcelos: José Fernandes, director artístico e fundador do grupo.


Barcelos Popular (BP) O TPC encontra-se, actualmente, no patamar que esperava, há quinze anos atrás? Serão levadas à cena peças novas, para além da re-estreia de “A Maluquinha de Arroios”? 
José Fernandes (JF) O percurso do TPC não foi previsto com tanto tempo de antecedência… O ponto de chegada também não. Nem vai ser. Definimos princípios e estabelecemos metas, geralmente orientadoras para um plano de dois/três anos. A re-estreia da peça “A Maluquinha de Arroios”, de André Brun, foi um desejo de muitos actores, que gostaram de a ter trabalhado há 5 anos e tiveram pena de ela ter sido interrompida pelas vicissitudes pessoais e profissionais de alguns. As várias secções do TPC estão a preparar novos trabalhos: o TPCzinho mais um conjunto de histórias infantis, o TPCjunior um espectáculo com comédias sobre viúvas em que entrará mais uma peça de André Brun e o TPC “sénior” depois da Páscoa preparará uma ou duas peças curtas, entre as quais uma, porventura actual, chamada “Para as eleições”.


BP Qual a diferença entre o teatro amador e o profissional? Acha possível o TPC, algum dia, dar esse “salto”? Ou essa ambição não faz sequer sentido?
JF A diferença evidente está em quem faz teatro: ou faz dele profissão ou precisa dele para completar a forma como vive na e para a sociedade. Fazer parte de um grupo de teatro ou de um coral amadores, por exemplo, é um contributo social pessoal e colectivo. Não quero nem qualquer dos actuais elementos do TPC ambiciona ser profissional de teatro. Talvez alguns do TPCzinho. E depois há grupos amadores que apresentam trabalhos muitas vezes de qualidade igual ou superior aos grupos profissionais. Veja-se, por exemplo, as peças que concorrem ao Festival Nacional de Teatro Amador da Povoa de Lanhoso, algumas das quais já têm sido apresentadas em Barcelos.


BP O TPC apresentou-se defensor de obras populares. Por uma questão de estratégia, de defesa, ou acha que o elitismo tem afastado as pessoas do teatro?
JF Uma vez, adormeci profundamente enquanto assistia a uma peça no Teatro da Trindade, em Lisboa e só acordei com as palmas finais. É certo que eu estava cansado e não conseguia acompanhar a profundidade do texto. Mas isso marcou-me bastante. Penso que tem de haver lugar para as chamadas elites, sejam praticantes ou espectadores, poderem usufruir de textos, interpretações e encenações ousados, mesmo experimentais, muitas vezes polémicos e agressivos. E penso que ninguém espera ver salas repletas, nesses espectáculos. O mesmo se passa no campo do cinema, da música, etc. Mas a minha e nossa opção foi sempre: os nossos espectáculos não podem ser para incomodar as pessoas, como também não podem ser para as aturdir com risos fáceis e bolos na cara. E isto com todo o respeito por quem pensa o contrário. Mas não somos ortodoxos: um dos nossos trabalhos mais bem conseguidos foi a dramatização do poema “A Invenção do Amor”, de Daniel Filipe, que nada tem de divertido.


BP Defendeu também, “como princípio orientador”, apresentar apenas autores da língua portuguesa? Qual a razão?
JF Procuramos uma especialização, uma marca. Para quê ir para autores estrangeiros se os portugueses ainda não estão esgotados? Por exemplo, há muitos autores portugueses do século XIX que são praticamente desconhecidos e se enquadram no espírito que mostrei na questão anterior.


BP O facto de quererem evitar apresentar peças “incómodas” deve-se ao vosso carácter amador? Acha que esse trabalho da obrigação do chamado profissional?
JF Penso estar respondido na penúltima questão.


BP Já visitou o “novo” Teatro Gil Vicente? Qual a sua opinião sobre a obra?
JF Ainda não visitei o “novo” Teatro Gil Vicente, porque ainda ninguém me convidou para o fazer (desconheço se há outra possibilidade de visita…). Pelo que tenho lido na comunicação social e só por ela, a obra ficou muito aquém das minhas expectativas. Perdeu-se a oportunidade de termos um espaço público (e sublinho o público) amplo, capaz de abranger diversos tipos de espectáculo e não apenas de teatro declamado, mas também ópera, ballet ou grandes orquestras, por exemplo.


BP Como encara, depois de tantos anos, que o teatro continue fechado? Sendo você um dos principais promotores do teatro amador concelhio, veria com bons olhos que a gestão do teatro fosse “entregue” às associações locais? Como acha que o teatro deveria ser gerido?
JF A sabedoria popular tem dois ditados contraditórios: “Quem espera desespera” e “Quem espera sempre alcança”. Esperamos, desesperamos e (ainda) não alcançamos nada. Não percebo a razão da não abertura, apesar de algumas explicações que vamos ouvindo. Antes de falar sobre um possível modelo de gestão, importa definir que tipo de realizações artísticas se quer lá. Muito sumariamente imagino-as como uma repartição entre produtos culturais concelhios – e há muitos e de muitos tipos – e não concelhios. A gestão deveria ser entregue a um director, escolhido mediante concurso público e após apresentação das linhas orientadoras que pretende implementar, e a dois, chamemos-lhes sub-directores vocacionados um para os produtos culturais concelhios e outro para os não concelhios.

quarta-feira, 23 de março de 2011

27 de Março - Câmara Municipal de Barcelos comemora Dia Mundial do Teatro

A Câmara Municipal de Barcelos vai comemorar o Dia Mundial do Teatro com a realização de dois espectáculos de teatro, no auditório da Biblioteca Municipal de Barcelos. O primeiro, “Memorial do Convento”, pela Casa dos Afectos, vai realizar-se no dia 26 de Março, sábado, pelas 21.30 horas. Baseado no livro de José Saramago, um dos grandes livros da literatura do século XX, o espectáculo tem a duração de 120 minutos, numa adaptação e encenação de João Nuno Esteves.
O segundo, “A Maluquinha de Arroios”, pelo TPC- Teatro Popular de Carapeços, vai realizar-se no dia 27 de Março, domingo, pelas 15 horas.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Nacional do Teatro Amador 2011

Para o teatro amador, como para o amador de teatro, todos os dias são o seu dia. Quando se ama, não se ama com data marcada nem por intermitências.
O amor é uma dádiva, não é um empréstimo. Não há calendário nem agenda para ele.
Um tempo houve, neste país, em que o teatro não existiria fora das duas maiores cidades se não fossem os amadores da arte dramática. Foram eles que acenderam e mantiveram acesos pequenos focos luminosos, dispersos de norte a sul, que lhe assinalavam a presença. E fizeram-no assumindo riscos e enfrentando dificuldades de toda a ordem, desde a escassez dos meios aos rigores da censura.
Restituída a liberdade ao povo português, a presença do teatro amador pôde intensificar-se no tecido nacional, e a força da sua intervenção desenvolver-se, ainda que haja outros obstáculos a vencer. Não para competir ou confrontar-se com o teatro profissional, o que não teria sentido, mas para continuar e levar mais longe, noutro plano, a função cultural que a ambos cabe e nem sempre este último se lembra de cumprir.
E chamar-lhe a atenção, também. Chamá-lo à ordem, quando for caso disso - apeteceu-me escrever. E afinal deixei escrito...
Muitas vezes disse que devo ao teatro amador algumas das mais puras emoções da minha incerta, descontínua e acidentada carreira de autor dramático.
Volto a dizê-lo em mais este Dia do Teatro Amador.
Dia longo, porque vai durar até ao dia 21 de Março do próximo ano.
E, certamente, de todos os que vão seguir-se-lhe.

Luiz Francisco Rebello, Dramaturgo

sábado, 19 de março de 2011

TPC reestreia "A Maluquinha de Arroios" de André Brun em Barcelos

Após cinco anos de interregno, o TPC - Teatro Popular de Carapeços leva novamente a cena a peça "A Maluquinha de Arroios" de André Brun, com encenação de José Fernandes. A reestreia será no próximo Domingo, dia 27 de Março, Dia Mundial do Teatro, pelas 15h00 na Biblioteca Municipal de Barcelos.
Peça representada pela primeira vez em 1916, “A Maluquinha de Arroios” é uma deliciosa comédia em três actos, de André Brun (1881-1926), já adaptada ao cinema e à televisão. Retirado do negócio do bacalhau e tendo sido sempre “um escravo do dever”, Baltasar Esteves arrisca a primeira escapadela em casa da Maluquinha. Casa onde lhe aparece uma pessoa de família em cada canto!... Entretanto, vamos descobrindo “sonetos em verso”, latas de macarronete e amores anónimos que demoram a desvendar-se provocando suspiros, paixões e cenas de ciúmes. Enfim, ingredientes bastantes para termos uma peça muito divertida.

TPC em Felgueiras com "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett

Na próxima sexta-feira, dia 25 de Março, pelas 21h30 na Biblioteca Municipal de Felgueiras, o TPC - Teatro Popular de Carapeços apresenta "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett, com encenação de José Fernandes.
Dur. aprox. 60 min (sem intervalo), M/12
Amor a quanto obrigas! Ou será amor, mas com dinheiro, a quanto obrigas?
Teatro dentro do teatro, “Falar Verdade a Mentir” é uma das comédias em um acto de Almeida Garrett. José Félix tem um duplo amor: Joaquina e o dote desta, qual deles mais intenso. Mas o dote só será dado se a ama da Joaquina, a menina Amália, se conseguir casar. Mas com quem? Com Duarte, muito bom rapaz, mas que, qual fonte inspiradora para os dias de hoje, é um mentiroso compulsivo.
E como mentir é muito feio, o pai de Amália, um negociante dos antigos, quer dizer “nada de aldrabões na família”, anda desconfiadíssimo de que Duarte é uma encarnação do Pinóquio. Mas não é que é mesmo?! Entra então o José Félix a tentar transformar as mentiras em verdades… Nada que não estejamos habituados a ver também nos dias de hoje.
No meio ainda há tempo para despejar o… o… o, pois aquilo da noite e também para recordar o suspense dos duelos dos filmes de cow-boys.

quinta-feira, 17 de março de 2011

15 anos do TPC

Era um sábado - 16 de Março de 1996.
Cerca de duas dezenas de jovens tinham correspondido ao meu convite para descobrir o teatro.
E ali, na Casa do Povo de Carapeços, estivemos todo o dia. Expressão vocal, corporal, jogos, tudo serviu para despertar a vontade de ir mais além. E fomos. Mesmo muito além! Encontrámos o nosso espaço, definimos um rumo e estabelecemos princípios. E temos-lhes sido fiéis, com percalços, algumas tempestades, mas muitas bonanças. Aqueles jovens já são hoje adultos, mas entraram outros... e mais novos... e menos novos... Fomos modernizando o nosso equipamento, os nossos meios de transporte, a nossa capacidade de divulgação e de informação. Sem falsas modéstias, evoluímos técnica e artisticamente.
Estamos nos 15 anos. Em plena adolescência, sabemos quanto nos falta crescer até sermos adultos. Na idade. Não na responsabilidade.

José Fernandes, Director Artístico

TPCzinho apresenta "Vamos Contar Histórias" em Pereira (Barcelos)

Na próxima sexta-feira, dia 18 de Março, pelas 19h30, no Salão Paroquial de Pereira, o TPCzinho apresenta "Vamos Contar Histórias", com encenação de José Fernandes.
"Vamos Contar Histórias" Em casa, na escola, na televisão, nos livros… conhecemos histórias que alimentam a nossa imaginação e são importantes para o crescimento dos mais pequenos. São algumas delas que vamos apresentar! O TPCzinho é uma secção do TPC – Teatro Popular de Carapeços que é formada por 14 elementos, dos 8 aos 16 anos. Faz formação no campo do Teatro e apresenta espectáculos sobretudo dirigidos a crianças.

quarta-feira, 16 de março de 2011

TPC e TPCzinho em Manhente (Barcelos)

No passado Sábado, 12 de Março, no Salão Paroquial de Manhente, cerca de 120 pessoas estiveram presentes para mais uma noite de teatro. Miúdos e graúdos divertiram-se com as peripécias de "Vende-se Casa Assombrada" e não se esqueçam... "o medo é um preconceito dos nervos". No Domingo, dia 13 de Março, foi a vez da secção dos mais novos, o TPCzinho, que apresentou "Vamos Contar Histórias", com o Alipio Pio, Zé das Moscas e Ensaio de Teatro perante uma plateia recheada de crianças e não só. Foi um fim-de-semana de teatro em Manhente e esperamos voltar em breve. O TPC - Teatro Popular de Carapeços agradece o convite e a todos quantos estiveram presentes!



segunda-feira, 14 de março de 2011

TPC no 2º. Festival Nacional de Teatro Amador "Miguel Torga"

Na passada sexta-feira, dia 11 de Março de 2011, na acolhedora Casa da Cultura de Mondim de Basto, o TPC - Teatro Popular de Carapeços levou à cena a comédia em um acto "Guerra aos Nunes" de Matos Moreira (1845-1899), com encenação de José Fernandes. A representação esteve integrada no 2º. Festival Nacional de Teatro Amador "Miguel Torga". O TPC agradece o convite e a todos quantos estiveram presentes. É sempre um prazer regressar a Mondim de Basto!

segunda-feira, 7 de março de 2011

TPC e TPCzinho em Manhente (Barcelos)

No próximo sábado, dia 12 de Março, pelas 21h30, no Salão Paroquial de Manhente, o TPC - Teatro Popular de Carapeços leva à cena a comédia em três actos "Vende-se Casa Assombrada". No domingo, dia 13 de Março, também no Salão Paroquial de Manhente, pelas 15h00, o TPCzinho apresenta "Vamos Contar Histórias". Ambas as representações tem encenação de José Fernandes.
"Vende-se Casa Assombrada" é um espectáculo de teatro à maneira antiga portuguesa. Quando, agora, experiências científicas procuram recriar o início do universo, numa velha casa vai começar uma outra experiência não menos importante: tornar a humanidade valente, desprovida de receios, porventura imune às crises financeiras. E por falar em finanças, há um mau da fita que quer enriquecer à custa da crença nessas figuras, sinistras ou imaculadas, que dão pelo nome de fantasmas. Mas será que vai conseguir? Será que não é preciso engolir a pílula, os maus são presos e o artista vai casar com a artista, num final feliz? Haverá algum actor com pinta de encarnar o herói? 
"Vamos Contar Histórias" Em casa, na escola, na televisão, nos livros… conhecemos histórias que alimentam a nossa imaginação e são importantes para o crescimento dos mais pequenos. São algumas delas que vamos apresentar! O TPCzinho é uma secção do TPC – Teatro Popular de Carapeços que é formada por 14 elementos, dos 8 aos 16 anos. Faz formação no campo do Teatro e apresenta espectáculos sobretudo dirigidos a crianças.

TPC em Mondim de Basto com "Guerra aos Nunes" de Matos Moreira

Na próxima sexta-feira, dia 11 de Março de 2011, pelas 22h00, na Casa da Cultura de Mondim de Basto, o TPC - Teatro Popular de Carapeços leva à cena a comédia em um acto "Guerra aos Nunes" de Matos Moreira (1845-1899), com encenação de José Fernandes. A Representação está integrada no 2º. Festival Nacional de Teatro Amador "Miguel Torga" de Mondim de Basto.
Guerra aos Nunes é uma comédia em um acto de Matos Moreira (1845-1899), representada pela primeira vez no Teatro Nacional, em 18 de Novembro de 1869. O tema da peça gira à volta da obsessão de um tio de uma menina casadoira pelos números pares e das peripécias dos respectivos pretendentes. Segundo Luiz Francisco Rebelo, há “situações de um burlesco absurdo, reminiscente de certas pochades de Labiche".

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Noite de teatro em Gilmonde (Barcelos) com "Vende-se Casa Assombrada"

No passado Sábado, 19 de Fevereiro, no Salão Paroquial de Gilmonde, cerca de 200 pessoas estiveram presentes para mais uma noite de teatro. As peripécias da comédia "Vende-se Casa Assombrada" divertiu e prendeu a atenção de miúdos e graúdos. O TPC - Teatro Popular de Carapeços agradece o convite e a todos quantos estiveram presentes!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

TPC em Gilmonde (Barcelos) com "Vende-se Casa Assombrada"

No próximo sábado, dia 19 de Fevereiro, pelas 21h30, no Salão Paroquial de Gilmonde, o TPC - Teatro Popular de Carapeços leva à cena a comédia em três actos "Vende-se Casa Assombrada", com encenação de José Fernandes.
"Vende-se Casa Assombrada" é um espectáculo de teatro à maneira antiga portuguesa. Quando, agora, experiências científicas procuram recriar o início do universo, numa velha casa vai começar uma outra experiência não menos importante: tornar a humanidade valente, desprovida de receios, porventura imune às crises financeiras. E por falar em finanças, há um mau da fita que quer enriquecer à custa da crença nessas figuras, sinistras ou imaculadas, que dão pelo nome de fantasmas. Mas será que vai conseguir? Será que não é preciso engolir a pílula, os maus são presos e o artista vai casar com a artista, num final feliz? Haverá algum actor com pinta de encarnar o herói?
Duração aprox. 105 min (3 actos), Entrada livre

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Joana Rodrigues é o novo elemento do TPCzinho

Depois de 2 semanas "à experiência", Joana Rodrigues é o novo elemento do TPCzinho.
Com 15 anos, a residir em Carapeços, a Joana já conhecia uma grande parte dos elementos do TPCzinho, por isso a integração foi bastante facilitada.
Nas palavras da Joana "... já tinha assistido a algumas peças do TPCzinho, e como gosto de representar seria uma forma de melhorar. Gosto muito de teatro e sempre que posso vou assistir, como aconteceu hoje (sábado) aqui na Casa do Povo de Carapeços."
À Joana desejamos votos de muitos sucessos no TPCzinho!

TPC prepara reestreia da peça "A Maluquinha de Arroios" de André Brun

Após cinco anos de interregno, o TPC - Teatro Popular de Carapeços vai levar novamente a cena a peça "A Maluquinha de Arroios" de André Brun, com encenação de José Fernandes.
Estreada a 16 de Julho de 2005 na Casa do Povo de Carapeços, seguiram-se mais 5 apresentações, sendo em 2006 suspensa por indisponibilidade de alguns elementos.
Com ensaios desde Janeiro passado, tem reestreia prevista para o próximo mês de Março.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Actuação do Teatro Experimental de Feitos na Casa do Povo de Carapeços

No próximo sábado, 5 de Fevereiro, o Grupo de Teatro da ATEF - Associação de Teatro Experimental de Feitos vai apresentar a peça de teatro "O Pedido de Casamento" na Casa do Povo de Carapeços.

Uma comédia em 3 actos que relata a história de João Policarpo, viúvo abastado cujo filho único estuda em Coimbra, decide pedir a jovem Isabel em casamento. O que este desconhece é que o seu filho abandonou os seus estudos por causa da mesma jovem e vive disfarçado de empregado na sua casa. Entre peripécias, muita confusão e um pé-de-meia escondido, sempre sai casamento! Falta saber quem casará com quem!

A actuação terá início às 21h30, com entrada livre.
Mais informações em: www.atefeitos.com

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Casa cheia em Chavão para assistir a "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett

Cerca de 200 pessoas lotaram por completo o Salão Paroquial de Chavão, no passado Domingo, para assistirem a mais uma representação de "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett.
Nesta que foi a primeira representação de 2011, ano em que comemoramos o 15º. aniversário, o TPC agradece o convite e a todos quantos estiveram presentes.
Foi um Domingo em cheio!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

TPC em Chavão (Barcelos) com "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett

No próximo domingo, dia 9 de Janeiro, pelas 16h00 no Salão Paroquial de Chavão, o TPC - Teatro Popular de Carapeços apresenta "Falar verdade a mentir" de Almeida Garrett, com encenação de José Fernandes.
Dur. aprox. 60 min (sem intervalo), M/12, Entrada livre

TPCzinho termina 2010 em beleza

A nossa secção dos mais jovens, o TPCzinho, finalizou o ano de 2010 em beleza com uma representação no Centro Social da Silva no passado dia 28 de Dezembro.
Foi o culminar de um mês repleto de representações. Começou no dia 2 em Lijó, passou pelo Auditório Municipal, Faria, Viatodos, Gamil, Carapeços, Biblioteca Municipal, terminando, como dissemos, na Silva.
Este mês serviu igualmente para estrear duas novas peças "(Des)informação de Natal" e "A Estrelinha mágica" especialmente preparadas para apresentar na Quadra Natalícia. Sempre com "casa cheia", o TPCzinho encantou, e divertiu, miúdos e graúdos.
Estão todos de parabéns!


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Remodelação do Blogue

No dealbar de 2011, ano em que o Teatro Popular de Carapeços faz 15 anos, entendemos que a melhor forma de o iniciar seria com a remodelação do nosso blogue.
Porque o teatro e a poesia não se resume a estar em cima do palco, queremos que os visitantes do nosso blogue fiquem a conhecer melhor o percurso de um grupo que começou em 1996, citando o nosso Director Artístico "... primeiro só com jovens de 15/20 anos e agora já com outros jovens de 8/65 anos. Primeiro só com espectáculos para um público adulto e agora também para crianças. Primeiro só Teatro e agora também Poesia ...".
Dotamos o blogue de novos conteúdos, tentando promover uma maior interacção com quem nos visita. Assim, esperamos que nos visite regularmente, participe com comentários e sugestões, e seja parte activa da vida do Teatro Popular de Carapeços.

terça-feira, 30 de março de 2010

segunda-feira, 29 de março de 2010

Noite de Arte!

No passado dia 27 de Março o TPC reuniu todos os seus âmbitos, e celebrou o dia mundial do Teatro, os seus 14 anos de existência, feitos a 16 de Março, e o dia mundial da Poesia que foi no dia 21 de Março.
A noite foi agradável e o TPCzinho deu o pontapé de saída com a representação da peça o Zé das Moscas, em seguida o TPCJunior brilhou com a declamação de alguns poemas, depois dos mais jovens entrou em palco A Guerra aos Nunes uma peça do TPC que fez rir todo o público.
Como não podia deixar de ser foi lida a mensagem do dia Mundial do Teatro redigida pela famosa actriz Dame Judith Olivia Dench, que diz ao mundo que o teatro não precisa de um palco, que o teatro acontece em qualquer lugar do mundo, faz-nos rir, chorar mas também deve fazer-nos reflectir e reagir.
Depois de lida a mensagem todos os elementos presentes do TPC reuniram-se e declamaram em conjunto. Um final grandioso que mostrou a força deste grupo que se orgulha em fazer parte deste mundo extraordinário que é o Teatro.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sábado, 27 de Março de 2010, 21h30

Teatro Popular de Carapeços (ACDC) apresenta na Casa do Povo de Carapeços
“14 anos ao serviço da Poesia e do Teatro”
comemorando:
14º Aniversário do TPC (16 de Março)
Dia Mundial da Poesia (21 de Março)
Dia Mundial do Teatro (27 de Março)

Mensagem de 2010 - Dia Mundial do Teatro!


"A Jornada Mundial do Teatro é para nós a ocasião de celebrar o Teatro na multiplicidade de suas formas. Fonte de divertimento e inspiração, o teatro contém em si a capacidade de unificar as inúmeras populações e culturas que existem pelo mundo fora. Mas ele representa muito mais do que isso, ao oferecer-nos possibilidades de educação e informação.O teatro acontece no mundo inteiro, e não apenas nos seus espaços tradicionais : os espectáculos podem ser realizados numa pequena aldeia da África, no sopé de uma montanha da Arménia, numa pequena ilha do Pacífico. Ele não tem necessidade de um espaço e de um público. O teatro possui esse dom de nos fazer rir, de nos fazer chorar, mas ele deve, também, fazer-nos reflectir e reagir.
O teatro é fruto de um trabalho de equipe. São os actores que vemos, mas existe um número espantoso de pessoas escondidas, todas elas tão importantes quanto os primeiros e cujas diferentes e específicas competências permitem a realização do espectáculo.
A eles se deve uma parte de todo o triunfo ou sucesso alcançado. O dia 27 de Março é a data oficial da Jornada Mundial do Teatro. Mas cada dia deveria poder ser considerado, de diversas maneiras, como uma jornada do teatro, pois cabe-nos a responsabilidade de perpetuar esta tradição de divertimento, de educação e de edificação dos públicos, sem os quais não poderíamos existir."
Dame Judi Dench

Dia Mundial do Teatro!!


O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961, em Viena - Áustria, durante o 9º. Congresso do Instituto Internacional de Teatro, organização não governamental, fundada em Praga em 1948, pela UNESCO e comunidade internacional do teatro, quando da inauguração do Teatro das Nações, em Paris. Por coincidência, o aniversário de Atenas (Grécia, considerada por muitos, o berço do teatro ocidental) também é comemorado em 27 de Março. Numerosas manifestações teatrais organizam-se por este motivo. Uma das mais importantes é a difusão da Mensagem Internacional, escrita tradicionalmente por uma personalidade de dimensão mundial, convidada pelo Instituto Internacional do Teatro para partilhar as suas reflexões sobre temas de Teatro e a Paz entre os povos. Esta mensagem é traduzida em mais de vinte línguas e lida perante milhares de espectadores antes do espectáculo da noite nos teatros do mundo inteiro. A primeira mensagem foi escrita por Jean Cocteau (França), em 1962, a do ano passado, pelo dramaturgo brasileiro Augusto Boal (que veio a falecer logo a seguir, em 02-05-2009) e a de 2010 já foi divulgada e é escrita por Dame Judi Dench (Inglaterra).
(Por Tonico Lacerda Cruz)

terça-feira, 16 de março de 2010

14 Primaveras

O TPC hoje comemora os seus 14 anos!!!
Já percorreu um longo caminho, cheio de vida e muitas representações!!
Alegria, esforço, dedicação...
Para nós os Parabéns :)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval na casa do Povo!!


Na próxima 2ª feira, 15 de Fevereiro, às 21,30 horas, o TPCzinho promove um "Divertimento de Carnaval", espectáculo com pequenas peças (ou não fossem eles os mais pequeninos do TPC), cheias de humor, e onde o público também pode participar.

Venham mascarados!
2ª feira, na Casa do Povo!!!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Carnaval é aqui!!!


Vamos todos desfilar e participar neste dia 14 de Fevereiro com o desfile de Carnaval em Carapeços!
Carnaval é aqui!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Representação!!

Teatro Popular de Carapeços apresenta dia de teatro:
TpcZinho com a peça "Vamos Contar Histórias" pelas 14h30
TPC com "Vende-se casa assombrada", uma comédia em 3 actos, pelas 21h
No dia 30 de Janeiro na Casa do Povo de Pedra Furada.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz 2010 !!

Recomeça….

Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…



Miguel Torga

domingo, 13 de dezembro de 2009

História Antiga

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.


E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação.


Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.


(Miguel Torga)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Festivais Gil Vicente


Entre 4 e 13 de Junho, o Centro Cultural Vila Flor volta a ser palco de mais uma edição dos Festivais Gil Vicente. Este ano, o principal festival de teatro da cidade - que se realiza ininterruptamente desde 1987 - apresenta seis espectáculos, quatro cafés-teatro, uma oficina de dramaturgia com a Lark Foundation e uma exposição de fotografia de João Tuna. A contemporaneidade das propostas volta a marcar a programação delineada para 2009.
Os espectáculos dividem-se em duas semanas. De 04 a 06 de Junho sobem ao palco as peças: “Mona Lisa Show” (dia 04), de Pedro Gil, “Jerusalém” (dia 05), do Teatro O Bando, e “Delimvois” (dia 06), a mais recente produção do Teatro Oficina. Na segunda semana, os Festivais Gil Vicente prosseguem com “A Resistível Ascensão de Arturo Ui” (dia 11), da Truta Associação Cultural, o Teatro Meridional apresenta em ante-estreia nacional a sua mais recente produção “Acaravana” (dia 12), e Beatriz Batarda encerra os Festivais com o intenso monólogo “De Homem para Homem” (dia 13).

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Do meu compromisso com o Augusto Boal

(algumas linhas ao saber da tua morte)

José Soeiro, 3 de Maio de 2009

Morreu na madrugada de ontem o Augusto Boal. Tinha 78 anos de uma vida de luta, de solidariedade e de criatividade que influenciou o teatro em todo o mundo. Mas Boal era bem mais que um homem do teatro. Para mim e para tanta gente neste mundo.
Estive com ele uma única vez, em Paris, durante um workshop organizado pelo Julian. Mas quando recebi a notícia da sua morte, foi como se me falassem de alguém próximo, tão familiar. Porque ao longo dos últimos anos aquilo que pensou, as formas teatrais que inventou, o modo como concebeu a política e a educação, a imensa generosidade da sua prática e da sua metodologia, acompanharam-me muito para além das oficinas de Teatro do Oprimido que vou fazendo. Na verdade, muito pouca gente me marcou tanto como ele. Dele posso dizer, sem nenhuma reverência, que é um dos meus mestres.
Boal era um dramaturgo e encenador respeitado, que teve um papel muito importante, na década de 60 e 70, na “nacionalização” de alguns clássicos e na sua apresentação no Brasil e, também, na criação de um teatro que falasse dos problemas populares. Mas, mais do que tudo, o grande contributo que deixa é o Teatro do Oprimido – uma metodologia original que é hoje praticada por muitos milhares de pessoas em todo o planeta.
A ideia de Boal é simples: todos somos teatro. E, sendo o teatro a capacidade humana de nos observarmos em acção, precisamos de recuperar a nossa capacidade de actuar. Como dizia de forma provocatória, na medida em que for passivo, um espectador é sempre menos que um ser humano. Daí ter inventado o termo de espect-actor: uma combinação da capacidade de observar e de reflectir (própria do espectador) mas que nos restitui também a de agir nas situações que vemos (típica do actor), não reduzindo a realidade àquilo que existe, mas abrindo-a às possibilidades que sempre tem de ser diferente. Há cerca de um mês, na mensagem do Dia Mundial do Teatro que este ano escreveu, terminava dizendo que “actores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!”.
A reviravolta que Boal propõe para o teatro não tem apenas que ver com a sua vontade de transformação. O mais interessante, para mim, é a superação que faz do teatro de intervenção e de propaganda: não mais um teatro que comenta a realidade e que leva uma mensagem a um público, mas sim uma prática que propõe que cada grupo se aproprie dos meios de produção teatral para encenar a sua própria realidade e para ensaiar formas concretas de a mudar. A história de Virgílio, o camponês que terá ensinado a Boal que não se pode propor aos outros aquilo que nós próprios não estamos dispostos a fazer, ou seja, que a “solidariedade é estar disposto a correr os mesmos riscos”, é a mais importante lição contra a arrogância da política ou do teatro enquanto propaganda. Não há uma única vez em que conte esta história – e já a contei muitas dezenas de vezes nas oficinas de TO – e não me arrepie profundamente quando tenho de dizer a frase com que o camponês Virgílio confrontou os actores do grupo de Boal, “Quando vocês actores dizem «nós vamos dar o nosso sangue pela Terra!», estão na verdade a falar do nosso sangue, e não do vosso”.
O trabalho de Boal e a forma como a sua metodologia se reproduziu e é hoje instrumento de libertação para tantas pessoas e grupos, dá a dimensão do enorme contributo que ele deu para a emancipação, muito mais valioso, creio eu, do que o de tantos líderes revolucionários. O seu Teatro do Oprimido terá também aberto mais caminho para a democratização do teatro, sobretudo entre os que menos têm, do que muitos programas culturais cheios de boas intenções. A mensagem que o Movimento dos Sem Terra ontem divulgou, de homenagem ao companheiro Boal, é uma boa prova disso.
Uma das coisas que vou aprendendo de cada vez que faço uma oficina de TO é que não há transformação sem uma profunda atenção a todas as formas de poder – e o poder opressivo está aí, em cada relação humana, às vezes nos mais improváveis lugares. Outra, é uma permanente surpresa com a capacidade extraordinária que a linguagem da imagem corporal tem para nos revelar aspectos da realidade que, mesmo olhando-os todos os dias, não vemos. Outra ainda é a diferença entre o que dizemos que é preciso fazer e a nossa capacidade de efectivamente o fazermos. Ao contrário das logoterapias, que prescrevem através do discurso as transformações necessárias, o Teatro do Oprimido, e em particular o teatro fórum, confronta-nos sempre com a complexidade do “aqui e agora” e com a dificuldade de mudarmos, pela acção, as realidades em que vivemos. Na verdade, a opressão não é apenas uma estrutura, porque acontece na interacção concreta entre as pessoas. E nessa interacção, há corpo, há voz, há gestos mecanizados que nos tolhem, há máscaras que nos escondem e nos limitam, há rituais que nos prendem e que confinam o modo como as coisas são feitas, há as mais insondáveis emoções e bloqueios. O Teatro do Oprimido tem-me tornado mais atento a tudo isso.
Por último, dá-me ideia que há uma parte importante do Boal que, em muitos casos, vai ficando pelo caminho em algumas das experiências que se reclamam do seu teatro. Para ele, como para tanta gente na qual gosto de me incluir, o teatro não chega. Com efeito, para usar uma expressão do próprio, o Teatro do Oprimido é um “ensaio da revolução”, mas esta acontece sempre fora do espaço estético, ou quando a efervescência é tão grande que não conseguimos mais separá-lo e distingui-lo do espaço social.
Não se trata do Teatro do Oprimido (TO) fornecer, em si mesmo, uma direcção ou determinadas soluções para os problemas. Pelo contrário, o TO é apenas o espaço onde todas as soluções podem ser testadas e onde podemos perceber as consequências concretas do que fazemos. E isso, em si mesmo, é já profundamente transformador. O TO é assim como uma chave: em si mesmo, não abre a porta, é sempre preciso que alguém o tome nas mãos e o use para esse efeito. Mas também não é uma técnica vazia, disponível para ser usada ao serviço de não importa o quê (como por vezes vai acontecendo nessa Europa). As raízes do TO estão na luta contra todas as formas de opressão e no respeito profundo por cada ser humano e pelo seu sofrimento. Essas raízes percorrem várias das correntes do teatro, da pedagogia, da política emancipatória (e onde Boal vê mais longe, isso acontece também por se sentar em ombros de gigantes, como Marx, Paulo Freire, Brecht, Stanislavski...). Por isso mesmo, só faz sentido o Teatro do Oprimido ser praticado se estiver mesmo ao serviço dos grupos e dos problemas que eles escolhem. Não deve nunca responder às agendas do poder, sejam elas quais forem. Não serve para apresentar problemas escolhidos por alguém que não os vive – mesmo que esse alguém seja educador, assistente social, artista, ou o Estado. Não pode ser transformado em mais uma mercadoria ou numa “técnica de ensinar” ou de domesticar, como vemos acontecer. Precisa de ter o mesmo compromisso radical com os oprimidos que Boal tinha.
Tenho a sensação que o Teatro do Oprimido não surge por acaso na vida de Boal: foi uma necessidade, uma resposta criativa aos problemas que foi encontrando, uma vontade de pôr o conhecimento e os instrumentos teatrais ao serviço do combate à injustiça e à exploração. E parece uma resposta que o próprio Boal integrava no conjunto das suas práticas, como activista político, como militante cultural, como interventor teatral, como cidadão do mundo. Creio que a melhor homenagem que lhe podemos fazer é continuar esse impulso.
Ontem, perdemos muito. Eu sinto, por estranho que possa soar, que perdi alguém muito próximo. Mas sinto também que ele vive ainda e sempre na exigência do compromisso que nos deixa. Saibamos estar à sua altura.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sarau Mariano


No próximo domingo dia 17 irá realizar-se na igreja de Carapeços mais um Sarau Mariano! Este vai contar com a participação do Teatro, dos Kyrios, do grupo coral de Carapeços e S.Leocadea e do Coral Magistrói. Terá inicio as 19h30 e será com toda a certeza um agradável final de tarde.Contamos com a sua presença!

sábado, 25 de abril de 2009

Próxima actuações


TpcZinho: "Vamos Contar Histórias" ---- 25 Abril --- Alvito S.Pedro
"Vamos Contar Histórias" ---- 30 Maio --- Alvito S.Martinho
"Vamos Contar Histórias" ---- 6 Junho --- Milhazes
"Vamos Contar Histórias" ---- 20 Junho --- Feitos


TpcJúnior: "As astúcias de Zanguizarra" --- 15 Maio --- Sequeade
"As astúcias de Zanguizarra" --- 23 Maio ---
"As astúcias de Zanguizarra" --- 30 Maio --- Alvito S.Martinho
TPC: "Vende-se casa Assombrada" --- 25 Abril --- Silveiros
"Vende-se casa Assombrada" --- 16 Maio --- Alvito S.Pedro
"Vende-se casa Assombrada" --- 6 Junho --- Milhazes
"Vende-se casa Assombrada" --- 2o Junho --- Feitos
TpcPoesia: 15 Maio --- Sequeade